segunda-feira, 27 de abril de 2015

Você ainda escreve cartas? Não lembra nem o que é isso? Seria bom lembrar!




Cartas são coisas antigas, ainda mais nos dias de hoje onde tudo são messenger, watts e face; # pronto, falei. Até o e-mail já se sente meio vovô! Mas para quem acha que as cartas já não têm dias contados, por não terem nem mais dias para serem escritas, engana-se. Digamos que as cartas, essa missiva dos tempos dos dinossauros, têm um lugar de honra na inquestionável beleza de ser... As cartas, diferentes das mídias ceifadoras de palavras e até de expressões inteiras, falam com o coração; elas deslizam em nossas memórias e alcançam o patamar da delicadeza e da elegância.
            Costumo comparar as cartas com fusquinhas, e todos sabem que criança não mente. O que isso tem a ver? Tudo! Faça a experiência e veja como uma criança que não esteja “contaminada” pela mídia – coisa infelizmente rara – vai preferir o fusquinha à Ferrari... Por quê? Simples! Fusquinhas se parecem com joaninhas; e as Ferarris? Com Ferraris mesmo. Ah, mas isso é coisa de criança! Será mesmo? Uma vez colocaram um fusquinha 76 original, impecável, rodas pintadas, uma beleza, ao lado de uma Ferrari dentro de um shopping para ver a reação das pessoas. De cada dez pessoas que paravam, oito contemplavam o fusquinha por mais tempo que a Ferrari... Ou seja, o fusquinha, o chamado popopó, saboneteira, vai-que-eu-fico, e tantos outros nomes e apelidos, é como a nossa carta: antiga, mas de uma beleza incomparável, de uma elegância inquestionável e que expressa mais do que palavras, mas a sabedoria de quem dignifica a escrevê-la, pois ali se cravam histórias.
Escrever cartas hoje é sinônimo de coragem, de pessoas que não têm medo de expressar, além de sentimentos, sua capacidade para tal. Reparem nas pessoas que escrevem cartas – tudo bem, eu sei que é difícil encontrá-las, mas elas existem – e só o fato de serem difíceis demonstram especialidades raras. Verá, quando as encontrar, que são pessoas polidas, que jogam o jogo das singularidades e não dos plurais, que fomentam encantamentos e nos deixam perplexos pelo diferencial de um gesto, de uma fala ou da própria escrita elaborada, bem cuidada, articulada até o último fio da gramática, digo, das palavras. Escrever cartas é mais do que uma questão de escolha; é uma questão de estilo. Num mundo onde as pessoas parecem ser feitas em série, ser diferente é um perigo. Mas, às vezes, esse risco, ou a falta dele, é o que deixou a vida sem graça, sem cor, sem movimento, apesar de tantos atrativos. O que acontece é que as pessoas são como as cartas: algumas têm conteúdos e, por isso, continuam existindo fazendo a diferença no meio de milhões, enquanto outras... Bem, as outras, por sofrerem tantas mutilações ao longo da vida, é o que todo mundo vê. O que não podemos deixar de pensar é que a vida é um ciclo. Uma vez se está por cima, outra vez se está por baixo. O que hoje é considerado antiquado, ultrapassado, amanhã será um ouro, não o de tolo, esse já sabemos onde se encontra.
            Como diz uma aluna minha, “de acordo com os fatos supracitados”, nada melhor que os ditados populares que muito nos ensinam pela sutileza de suas ideias. Por isso, termino este texto com um desses ditados que vem bem a calhar e tão usado em cartas antigamente: “Em terra de cego quem tem olho é rei!”. Pense nisso...

sábado, 11 de abril de 2015

Vamos espalhar literatura?

Olha que aplicativo sensacional! O DIMINUTO é um app de mini contos que cabem no seu tempo. Quando estiver na fila do banco ou na sala de espera do dentista, por que não incluir a leitura nesse tempo que, geralmente, é aproveitado com jogos ou bate-papo? Você pode conhecer histórias fascinantes, novos autores e até se aventurar a escrever! E o melhor: é gratuito! Falta de tempo e dinheiro para ler não é mais desculpa...
Convido todos a baixarem o aplicativo e conhecerem, além de muitas histórias, o meu espaço no App lendo os meus contos  Revéillon e O Palhaço.
E então, vamos espalhar literatura?

Um caminho, muitas linguagens!

A arte é mesmo um caminho de muitas linguagens. Vejam que belíssima associação do haicai com o desenho. Vivemos num "pluriverso" de possibilidades. Viva a sensibilidade!