Os
tempos difíceis, a tristeza n’alma como se a noite fosse toda ela presença que
se agarra nas lembranças que não querem mais se esquecer. Os Noturnos, belos e profundos como o
oceano de nós mesmos, cedem à melancolia cadenciada harmonia de seus dedos
correndo soltos pelas teclas que já são, por si, a dicotomia entre o claro e o
escuro de nossas estranhas escolhas que tendem a nos embalar pelos sonhos que
insistimos em ter. O menino que usava as noites para se iluminar, como os
vagalumes, era o contrário dos adultos que o rodeavam e que sempre o tinham
como um sonhador. Indagado sobre esse seu comportamento, o pequeno pianista
interrompia em breves segundos sua lição para responder: “O problema não é
sonhar; o problema é sempre recordar o que não se sonhou...” E mais uma nota
soava em noites que se completavam no vazio. Como é bom o desencher.
NOTURNOS... essa palavra nos remete a um gênio, pianista polonês, que amalgamou a magia e suavidade da noite, com a poesia de sua alma!
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