O choro era sentido. Estava a descobrir
perdas. Pela primeira vez se deparava com uma despedida tão de perto. As
lágrimas reprimidas pelos pais tentando descontrações teimavam em desobedecer e
caíam silenciosas à espera do que parecia inevitável. O animalzinho respirava
lentamente e já não abria os olhos. A menina de 9 anos viu a mãe cuidar do
bichinho e o colocar numa caixa protegido de cuidados. A noite já avançava e
amanhã era dia de escola. Foi até lá uma última vez e balbuciou algumas
palavras – uma despedida, talvez? – e correu para o seu quarto. Enquanto se
recolhia em sua pequena dor, a vida lhe escrevia mais uma página de
crescimento...
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